Quando iniciei o projecto para o meu blogue deparei-me com o problema de escolher o nome. É sempre a mesma coisa com a questão de um nome. Para um filho, para uma loja, para uma rua, para o que quer que seja. O nome é a primeira informação que transparece; é a base para a primeira avaliação feita por um estranho; pode dizer tudo e pode não dizer nada; pode ser sonoramente atraente ou não.
Prontos, mesmo que seja apenas um nome, dá dor de cabeça escolhe-lo. A prova foi o papel onde fui escrevinhando e riscando. Ficou este. Caderno de duas linhas.
Porquê, então, caderno de duas linhas?
Pelas recordações. Pela nostalgia. Neste caso, em particular, associei a experiencia de começar um blogue com a recordação dos meu primeiros processos de aprendizagem. Viajei por instantes aos longínquos e inesquecíveis dias da, então denominada primeira classe.
Como domesticar os gatafunhos livres e selvagens de uma criança? Recordo o processo de, com uma agulha, picar folhas colocadas em cima de esponjas onde estavam desenhadas enormes letras. Segui-se os exercícios repetitivos de imitar, agora com lápis, as primeiras letras. Depois apresentaram-me então ao primeiro caderno que possui. O caderno de duas linhas, que iria ser o meu companheiro de estrada, nesta aventura de saber desenhar símbolos que representassem, primeiro os sons e, mais tarde, as ideias.
O meu velhinho caderno de duas linhas foi o inicio de uma grandiosa lição, que é tentar saber comunicar. Uma metáfora da própria existência…
Ao procurar imagens para ilustrar o meu blogue deparei-me com esta que uso no meu post. Achei-a lindíssima. Simples e eficiente. Encontrei-a no blogue Símbolo. Depois de ser conquistado pela imagem, reparei no texto. Muito significativo. Vale a pena lê-lo tal como foi escrito.
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