segunda-feira, 13 de abril de 2009

Génesis

Criar um blogue pode ser o resultado de um impulso ou um passo maduramente pensado; fruto de uma necessidade repentina de desabafar ou uma de reflexão mais ou menos elaborada.

Comunicar é preciso. Não o fazer coloca-nos sob o perigo de ficarmos desarrazoadamente insanos. Enfatizo a expressão comunicar. Expressão que envolve mais do que apenas projectar unilateralmente a nossa voz. Deve ser uma via de dois sentidos.

Comunicar, se ainda existissem duvidas, é incomensuravelmente valioso. Enchemos as nossas mãos de factos, questões, dúvidas, respostas, certezas e de tudo o que necessitamos para entendermos o que significa viver num mundo cada vez mais consciente de ser plural e diversificado.

Comunicar faz-nos entender o nosso lugar nesse mesmo mundo, respeitando e sendo respeitados. Essa atitude tem tudo a haver com a felicidade. Parafraseando Herman Hesse, só existe felicidade se aceitarmos do hoje, com gratidão, o que ele nos trouxer. Só podemos entender o que o hoje nos oferece se comunicarmos.

Acredito na primazia da comunicação pessoal, cara a cara, bem entendido. Mas o que seria de nós sem gravar com signos, em material mais ou menos duradouro, os nossos pensamentos? Como passar sem o prazer, e o beneficio, de ler o que outros escreveram?

Creio que um blogue tem um lugar de destaque na comunicação contemporânea. O blogue conseguiu elevar os pensamentos do individuo anónimo a um nível planetário. Mesmo que muita “parra” exista abundantemente por estes campos virtuais, excelsas “uvas” são por vezes encontradas. Muitas horas de prazenteira leitura, de aquisição gulosa de factos e de assistir com olhos esbugalhados a discussões de pontos de vista divergentes tenho tido no mundo blogosferico. Fiquei mais rico. Irreversivelmente mais.

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