Existem alguns mistérios seculares em França. Para mim um dos mais intrigantes, e desconcertantes, é o facto de numa habitação, a habitual casa de banho ser mutilada em duas.
Digo mutilada porque o recheio essencial com que normalmente funciona uma casa da banho normal, a saber, sanita, lavatório e banheira é misteriosamente separado, sem apelo nem agravo.
Neste assunto, muitos já conhecem a mentalidade gaulesa: sanita plantada num cubículo pequeno e o resto das coisas noutra divisão que por vezes está no outro pólo da casa. Não é o caso de duplicar as instalações sanitárias, por acrescentar uma pequena casa de banho à casa. É o facto surrealista de colocar a sanita absolutamente isolada.
Não é preciso fazer muitas divagações para sentir o ridículo da situação. Imaginamos que após usar a sanita, abrimos a porta, atravessamos a casa e, se ninguém estiver a usar a outra toillet, então é que lavamos as mãos. Maravilhoso!
Claro que podemos também colocar a hipótese de estarmos prestes a tomar banho, e dar-nos uma dor de barriga. Toca a vestir – porque não estamos na nossa casa -, e atravessamos a habitação e, novamente, se não estiver ocupada, usa o pequeno espaço sanitário. Claro que ao voltarmos ao nosso banhinho podemos ter a surpresa de já termos a dita secção da banheira/lavatório ocupada. Nesse caso enquanto esperamos, façam o favor de não cumprimentar ninguém, ou lavem as mãos na pia da cozinha.
Desculpem-me pelas divagações pouco convencionais, mas a verdade é que em certas coisas estes “gauleses são loucos”. Ou então a explicação para esta filosofia “higiénica” ultrapassa a minha compreensão.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
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2 comentários:
Pois, realmente... Olha, o que é importante é que estás noutras paragens a gozar o merecido descanso! Abraço, boa continuação.
Muito engraçado o modo como colocas as coisas. Para algumas pessoas, será um convite à falta de higiene!!!
Abraço e boas férias
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