Já cá canta mais um marcador (e um poema)...

Alaejos

Gosto de fazer viagens longas de carro. Sem presas, mas com destino. Para dar oportunidade a que entranhe-se algo do mundo que desliza à nossa volta.

Recentemente atravessei Espanha. Gosto das típicas estradas bem desenhadas e cuidadas onde circula-se bem. Confesso que uma das coisas que sinto falta frequentemente é o apoio que costumamos ter na maioria das estradas e auto estradas portuguesas. Cá no nosso país quando nos apetece parar, temos estações de serviço onde se pode parar e ter tudo á nossa disposição; também cada terrinha onde paramos sempre tem as suas casas de banho, mais ou menos limpas, num local público. Para as terras castelhanas esse conceito é raro. Normalmente para algum reabastecimento temos que sair da via e deambular por uma localidade até descortinar uma estação de serviço. Queremos aliviar a bexiga? Pagamos um café (?) num bar como desculpa!

Bem, eu não perco o sono por isso. Alinho na moda e, até vejo assim a possibilidade de conhecer um pouco mais das terras.

Desta ultima vez, quando sentia a aproximação da hora e da vontade de parar, fui seduzido por uma pequena povoação que ostentava duas magnificas torres de igreja. O que me prendeu a atenção foi fazerem lembrar dois minaretes árabes. Estranhei a semelhança, pois não se tratava de uma povoação do sul, onde isso é mais natural.

Fiz o pisca e sai. Fui brindado com uma labiríntica povoação. Na sombra de uma das ditas torres, ao lado de um dia de mercado, descansei, e preparei-me para o resto da jornada.

Este escutei em terras do Sabugal

"A minha porta fechada faz a vizinha honrada"

(Os perigos da cusquice têm que ser combatidos por todos, ai não...)

Eugénio na Biblioteca

Esta Bíblioteca é um dos "meus" bons locais para me perder. Nem que seja por ser uma bíblioteca. Isso bastaria. Mas, quando exploro calmamente os seus recantos, a jornada aumenta em prazer.

Nesta semana dei de caras com uma singela e apelativa exposição de poesia. Ao chegar perto de um dos expositores nem acreditei no que li...

Olhei de perto. Bem de perto.

Pensei cá para os meus botões: "Perfeito, perfeito, era se não estivesse cá este vidro"...

Mas, pelo menos posso contempla-las cada vez que aqui venha. Até ao fim de Agosto, se não me engano...







Fiquei motivado a deixar aqui umas palavras deste grande poeta:

É um dia de maio?

É um dia em que tropeço

no ar

à procura do azul dos teus olhos,

em que a tua voz,

dentro de mim, pergunta,

insiste:

Se te fué la melancolía,

amigo mío del alma?

Operadoras a mais...

Esta aconteceu numa loja de uma marca de telemóveis no Shopping cá do burgo.

Entra um senhor e pergunta: "Aqui fazem os carregamentos para que marcas de telemoveis?". A empregada, franze o sobrolho, sentindo que algo na pergunta não estava como manda a lei, mas responde eficiente: "Fazemos carregamentos para a Vodafone, a TMN e a Optimus".

Coça o senhor a cabeça, com um leve ar desconsolado e diz: "Ó que pena, o meu é um Siemens..."


(Juro que foi verdade...)

Espero (mesmo) estar errado

Não é por nada, mas com a sorte que tenho, se nos próximos dias fizerem algum atentado no Pais Basco, e na notícias informarem que existe um português atingido, aposto uns mil euros de que sou eu...

Ou se algum cidadão luso apanhar a gripe A em Espanha...

(Vale uma aposta?)

Benditas palavras...

"Temos de dar o braço a torcer para não dar o corpo todo!"


Escutei esta adaptação e achei-a um "must".

Cinco instantes de Braga

Já não visitava Braga havia, concerteza, mais de 10 anos. Vamos lá que o dia está bom...

Comecei logo rendido á modernidade.
É apenas uma via rápida; é apenas uma passagem superior para peões; mas vale a pena estar uns minutos a sentir a vida urbana a pulsar.
O edifício à direita é um shopping, pois é, mas tem uma loja viciante. Como não posso fazer publicidade, apenas digo que está recheada de livros, música, e aparelhos magníficos; que uma pessoa perde-se horas lá dentro sem dar por isso; que o nome tem quatro letras e começa por F e acaba em C. E mais não digo…

Praça Conde de Agrolongo. O clássico encontra-se com o moderno. Bom local para parar e desfrutar do abençoado dia.

Praça do Município. Bancos à sombra. Descanso. Som da água. Enfim, um luxo!

Antes de entrar na Sé, a contemplação de um sereno sorriso.

Juro que estava mesmo para tirar uma fotografia à fachada da Sé, quando estas janelas roubaram a minha atenção.