terça-feira, 30 de novembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Dia Mundial Sem Compras


"É uma forma de protesto contra o consumismo, que afecta as sociedades contemporâneas. A ideia que surgiu em 1992, pela mão do artista canadiano Ted Dave, é um alerta aos consumidores para os excessos provocados pelo consumo irracional que se traduzem em consequências para as famílias e também para o meio ambiente."

(Noticia escutada na RTP )


Comprar é necessário. Por vezes até é um prazer, confesso. Mas, as deambulações pelos centros comerciais já me enfadam desde algum tempo. Porque esses locais são cópias imperfeitas uns dos outros; porque vejo as pessoas a passearem como se de um espaço cultural se tratasse; porque se impinge o consumismo como uma doença saudável.

Especialmente quando vejo os centros das cidades desolados de gente e movimento tenho um sonho. Sonho com o dia em que os pseudo-imponentes centros comerciais vão estar em silenciosa decadência ao mesmo tempo em que as pessoas vão encher as ruas das cidades ao fim de semana. E os empregados das lojas dos centros comerciais vão passar a trabalhar no comércio tradicional que vai abrir-se impregnado de brio e empenho para essas gentes que descobrem a maravilha que é andar em ruas verdadeiras e não ter um teto por cima, nem música irritante a zunir nos ouvidos. É um sonho que foi inflamado por este dia.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ela está perto

"Ano de neve, paga o que deve."

(O frio que chegou está a anunciá-la. Vou ao meu livrinho de dívidas ver o que lá consta...)

sábado, 20 de novembro de 2010

Aquellas pequeñas cosas

Joan Manuel Serrat, obviamente...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O homem da torre



Fui ao Porto. Mesmo perante a multidão confundida de veículos mantive a determinação de chegar ao centro. Não só porque tinha pouco tempo para o que queria fazer, mas porque sim (pensando bem, era especialmente pelo sim). Perto da Torre dos Clérigos vi que havia um lugar livre. Perfeito!


Reparei também numa pessoa levemente queda e, mais de perto, com uma face onde convivia uma barba alva com uma expressão de quem espera sem realmente esperar. Não reconheci de imediato mas cheguei à conclusão de que era um arrumador. Arrumador! Um eufemismo para rotular alguém que nos sinaliza, com um tempero de súplica, um lugar para o carro e, depois, com uns gestos decididos, orienta a nobre tarefa de encaixar o carro no espaço que tanto necessitamos. Alguém que cumpre esse seu trabalho com mais zelo do que muitos trabalhadores “normais” que encontramos noutros locais. Alguém que tentamos esquecer rapidamente porque está ali a fazer aquilo.

(Mea culpa. Normalmente também sinto-me inexplicavelmente incomodado pela presença dos arrumadores. Não sei porquê mas desta vez isso não aconteceu; paradoxalmente até fiquei com muita vontade de estacionar ali.)

Depois do carro estacionado, não me pediu nada. Nada de olhares suplicantes, nem mãos estendidas. Apenas ficou perto, com um olhar onde residia uma dignidade intocável. Foi a moeda que, recorde eu, dei com mais vontade e com o sentimento de que era insuficiente.

Quando voltei já era noite mas ele lá continuava. Fiel no seu posto, acompanhado pelo saco reciclável do Pingo Doce onde descansava sonolento um chapéu-de-chuva. Antes de ligar o carro para me ir embora, quis ficar a olhar para ele durante uns momentos. Podia perfeitamente ser alguém da minha família. Surgiu-me a vontade de entrevistá-lo para lhe escrever a biografia. Onde nasceu? Que recordação guarda dos seus pais? Que profissão teve? Qual a sua cor favorita? Casou e teve filhos? Qual foi a maior alegria que teve? Quem é o seu melhor amigo? O que pensa da Torre dos Clérigos? Tem alguém à espera em casa?


Não tive mais tempo para mais. As cidades têm destas coisas: Assustam-me mas também me atraem.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Novo estilo

Bem, já está feita a primeira mudança.
O "apelo" aqui deixado, de que receberia com agrado alguma sugestão, resultou na mudança do visual do título. Tem um ar leve e fresco que liga bem com a brancura do página que vou manter. Obrigado ao Vasco pelo trabalho e generosidade!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Remodelações

Depois de um certo tempo parado, sem uso, este blogue cheira-me a mofo. Aquele cheirinho meio acre que se agarra às coisas que ficam sem se mexerem. Àquelas coisas que não lhes damos uso. Que não apanham sol. Que não se gastam nos dias.

Estou a olhar para isto e apetece-me começar pelo visual. Acho que começar a pintar isto com novas cores será interessante. Dará um certo ar perfumado. Um certo ar de 212 da Carolina Herrera. Se alguém de bom gosto passar por aqui – nem que seja perdido – e queira dar alguma sugestão, diga. Desde que não sugira uma pintura rosa choque, uma fotografia do Tony Carreira ou letras em estilo sânscrito, esteja à vontade.

domingo, 14 de novembro de 2010

Tempos

É tempo de voltar aqui. É tempo de aprender. É tempo de recomeçar. É tempo de escrever.