terça-feira, 30 de junho de 2009

Moura. A minha Moura...


Este postal é mais que um postal. É a recordação de uma cidade onde vivi, que recebeu-me de braços abertos, que tratou-me como um principe e que, quando fui embora, roubou um pedaço de mim.
(As vezes que passei por aquele arco...)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Lemniscata



O autor do blogue Arion-reloaded, movido por um espírito de generosidade e partilha de coisas boas e positivas, concedeu a este meu Caderno de duas linhas, o prémio Lemniscata, representado por este selo acima colocado. Muito agradeço a lembrança e o elogio implícito. Procurarei encará-lo como um incentivo.


Fiquei curioso pelo nome atribuído ao prémio, que não é uma palavra de uso corrente. Vou citar o que foi publicado num post do Arion-reloaded.


«Sobre o significado de LEMNISCATA: “curva geométrica com forma semelhante à de um 8; lugar geométrico dos pontos tais que o produto das distâncias a dois pontos fixos é constante.” Lemniscato: ornado de fitas; Do grego Lemniskos, do latim, Lemniscu: fita que pendia das coroas de louro destinadas aos vencedores (In Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora).
Acrescento que o símbolo do infinito é um 8 deitado, em tudo semelhante a esta fita, que não tem interior nem exterior, tal como no anel de Möbius, que se percorre infinitamente. Texto da editora de “Pérola da cultura”.»


Segundo entendi, eu deveria atribuir a outros sete blogues este prémio, numa forma de corrente. Por acaso, já tinha reparado que alguns blogues, que habitualmente leio, o tinham recebido e consequentemente atribuído a outros.

Não é para ser uma espécie de “estraga festas”, mas ainda não tenho uma base muito sólida para o fazer. Tenho uma lista de blogues aqui ao lado que representam quem eu realmente gosto de ler. Mesmo apresentando estilos diferentes, todos eles têm em comum a qualidade e o interesse dos assuntos que publicam. Mas, ainda não tenho tempo de interacção para poder assumir uma tal familiaridade. Pelo menos sinto-me assim.

De qualquer forma, timidamente e de uma maneira genérica, mas com sinceridade e apreço, dedico este prémio a todos eles.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Este chegou de África

"A união do rebanho obriga o leão a ir dormir com fome."

terça-feira, 23 de junho de 2009

coleccionando

As colecções são daquelas coisas sem uma utilidade prática, mas deliciosas. Deve existir uma razão para certas pessoas - comigo no pelotão - sentirem-se motivadas a juntar os mais díspares objectos em nome de denominador comum.

Mas, já estou mais sensato! Nos anos juvenis deu-me uma autêntica febre coleccionista: eu era essencialmente um coleccionador de colecções. Que me lembre, coleccionava selos, autocolantes, latas de bebida (que começaram a surgir na altura), garrafas vazias (era muito caro colecciona-las cheias…), caixas de fósforos, postais, porta-chaves, calendários e primeiros números de publicações periódicas. Desta época ainda encontro, de vez em quando, provas arqueológicas.

Alguns postais já os digitalizei aqui; mas com o material guardado, tenho garantido posts até à reforma…

Olho para esses objectos, alguns escondidos da minha vista há mais de quinze ou vinte anos, e sorriu. Depois dá-me vontade de lhes voltar a conceder a dignidade que já ostentaram. Ando agora nisto…

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mãos dadas

“Mãos Dadas” é nome de jornal. Um jornal que não é encontrado, diluído, numa colorida banca de publicações. É gratuito, trimestral e editado pelo Estabelecimento Prisional Regional da Covilhã. A equipa que o idealiza, e que com labor o materializa, é constituída por reclusos, funcionários e colaboradores deste estabelecimento.

Para mim, ao recebê-lo, também não o senti como mais um jornal. Porque estou ligado ao serviço de voluntariado nos estabelecimentos prisionais. Porque, pese o que por vezes se possa constatar e afirmar, a lógica de existirem locais como este passa, sem margem de hesitação, por existirem projectos de reabilitação e valorização.




Adiciono a última página, para que se dê o crédito a quem o merece. E, para destacar um testemunho escrito na primeira pessoa. Porque, por vezes, a voz deve ser dada a quem sabe, a quem sente; não basta a voz de quem pensa entender.





quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vizinhos




Mesmo residindo no centro da cidade, tenho muitos pássaros a circular no espaço aéreo envolvente. De manhã é o barulho do seu chilrear que anuncia o dia. O meu carro atesta que não lhes falta alimento e… pontaria.

Além da população residente, vieram as andorinhas. Voltaram a ocupar os seus ninhos e a criar família. Armei-me em paparazzi e tentei pacientemente tentar registar alguns momentos. Foi o que se conseguiu…

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Os chineses lá sabem...

"As lágrimas crescem nas viúvas e os piolhos nos viúvos".

(Não será um ponto de vista discriminatório?)

sábado, 13 de junho de 2009

Mais uma aragem dos anos 80


Era, e é, belamente melancólica. Mas, gozavamos com ela por chama-la de canção do "ai, ai" ou então trasliteravamos jocosamente o titulo para "Quem chora, não berra".

Parvoices das hormonas, decerto!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Quanto vale um prego?

Por causa de algo que aconteceu-me recentemente, veio-me à memória uma cantilena

"Por causa de um prego, perdeu-se uma ferradura.

Por causa de uma ferradura, perdeu-se um cavalo.
Por causa de um cavalo, perdeu-se um cavaleiro.
Por causa de um cavaleiro, perdeu-se uma batalha.
E assim um reino foi perdido.
Tudo por causa de um prego."


Alguém fez a ligação destes versos com a famosa frase colocada por Shakespeare na boca de Ricardo III de Inglaterra: “Um cavalo, o meu reino por um cavalo”. Parece que no momento crucial de uma batalha, o seu cavalo perdeu uma ferradura e caiu. Ao levantar-se, o pobre bicho fugiu, deixando o rei apeado e desesperado por não poder comandar as desordenadas tropas.

A sapiência popular atribui ao ferreiro a responsabilidade pela queda do cavalo, pois achou que um prego a menos na ferradura não faria diferença e com este método ia poupando gradualmente, em tempos de crise, um número considerável de pregos. A lição é clara neste aspecto: por causa do desleixo num pequeno pormenor pode-se ter um grande desapontamento. Nesta história, por causa de um prego, perdeu-se um reino.

Ora bem, o que tem isto a haver comigo? Não sou rei, nem ferreiro e não comandei nenhuma batalha. O que me aconteceu não foi desleixo ou descuido; foi uma mísera ponta ferrugenta de um prego, com uns insignificantes 10 milímetros, que furou um pneu do carro. Com a inevitável paragem e mudança de pneu, começou um ciclo de atrasos que arruinou-me a tarde e fez-me acumular uma frustração que, se fosse possível condensar num murro dado num muro de betão, faria corar de vergonha o super-homem.

Termino. “Tudo por causa de um prego.”

terça-feira, 9 de junho de 2009

Dizem que são como as conversas

Nunca comi tantas cerejas como este ano. Agora entendo a fama - e o proveito - da cereja do Fundão. Aliás, sendo mais preciso, de toda a denominada Cova da Beira. São deliciosas...

Agora, perfeito, perfeito, é apanharmos as ditas cujas directamente da árvore!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

É chinês

"Uma grande caminhada começa com um pequeno passo."

terça-feira, 2 de junho de 2009

Está diferente


E a culpa foi da XVII!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A idade de ouro

Recentemente dei comigo a recordar o meu tempo de escola. E, insatisfeito apenas com as vagas imagens da memória, quis fotografar os locais onde estudei, para que quando as saudades me visitassem novamente, basta-se ir ao computador e rever. Esta é a primeira imagem da série.

Foi a minha escola primária; cenário das quatro primeiras classes, como na altura se designavam. Na altura que lá andei não tinha este muro e respectivo portão, nem muitas casas e prédios ao redor; o local era uma espécie de arrabalde. Confesso também que na minha memória parecia um edifício maior.

Ainda recordo o cheiro e o barulho do giz a marcar o quadro negro; a sombra da árvore onde fazíamos fila para brincar ao “Espaço 1999”; a maleabilidade da areia onde, com caricas, fazíamos corridas de formula 1; a brancura das escadas da entrada onde, com o bibe “oficial”, nos enfileirámos para a foto da turma; os bancos onde, com ar muito solene, líamos as revistas do Super-Homem e do Hulk. E, os professores. Os pacientes, embora ocasionalmente intransigentes disciplinadores. Hoje até os admiro pela grande pachorra que tinham…


Para mim os quatro anos aqui passados representaram uma das maiores mudanças da minha vida, mesmo sentido a esta distância. Deixar a segurança diária da casa familiar e integrar um grande mundo de pessoas desconhecidas e diferentes em muita coisa. Saber, com boas e más lições, como se geria a vida em grupo. Obter respostas à minha crescente curiosidade. Iniciar um ciclo de aprendizagem que me daria gradualmente as ferramentas para viver. Não apenas saber factos, mas saber o que fazer com esse conhecimento. Mais, aprender como aprender pela vida toda. Bem, acho que o primeiro dia de aulas nesta escola foi mesmo a mudança mais acentuada da minha vida.

(Prontos, vou ali buscar um lenço que isto já me emociona…)