quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sete Vidas


Este filme, no mínimo, é um exercício tramado para as emoções. Habituado como estava a ver Will Smith no desempenho de papéis que oscilavam entre um certo ar cómico e uma ficção futurista, este “Sete Vidas” deu-me a volta ao esquema e não se pode dizer que lhe correu mal o papel dramático que adoptou.

Cada um terá a sua opinião, mas para mim sobressaem dois nítidos eixos de pensamento. Primeiro, a necessidade humana da redenção perante erros cometidos. Seja em que cenário, sempre é doloroso o aceitar o facto de que se foi responsável por danos causados a outros. Uma assunção nobre, mas que pesa como chumbo. O filme vive do dilema de quem não consegue viver com esse peso e procura uma saída libertadora, seja ela qual for. Depois a segunda questão. Como definir o valor de uma pessoa. Como classificar alguém como merecedor de algo bom. Para o herói do filme a escala de mensuração são as qualidades humanas; a importância do respeito, do entendimento, da empatia e de se assumir como um membro útil da comunidade, mesmo quando não existe ninguém a observar ou louros para receber. No filme isso faz a diferença. Toda.


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